Decidi ser médica aos 16 anos, à beira do leito da minha avó internada.
Já como estudante da Faculdade de Medicina da USP, naquelas enfermarias de azulejos azuis do Hospital das Clínicas, encantei-me totalmente por esta profissão.
E foi despedindo-me de meu pai adoecido que fiz a escolha pela especialidade em Gastroenterologia e Hepatologia.
Nas mais de duas décadas que se seguiram à nossa formatura, Luiz tem sido meu grande companheiro e apoiador incondicional. Vieram Arthur e Vinícius, nossos preciosos filhos… e o Bob, que retirado das ruas como um “vira-latas”, hoje ostenta a pose altiva de um Schnauzer.
Os anos de ensino e pesquisa nas pós-graduações foram de grande aprendizado. Mas o fio condutor da minha vida profissional tem sido a contínua busca pela excelência na prática clínica.
Revejo minhas origens: os valores e crenças da família de imigrantes japoneses, a escola de freiras católicas e o colégio alemão que frequentei, a paixão pelo piano e pela música erudita, a escola técnica onde aprendi a lógica da programação de computadores… O contato com as diferentes línguas e linguagens, com as diversas culturas, tudo isso faz sentido quando posso escutar, compreender, tocar, aliviar e transformar a vida de algum paciente.
Então percebo que o exercício da Medicina tem sido a minha panaceia.
E por isso, “Panacea”, aqui, é a extensão desse caminho de adquirir e dividir conhecimento, de estar entre amigos, e de trabalhar por um mundo mais saudável.