Cuidar de plantas! Quem já prestou bastante atenção em um botão de flor? Dia a dia a expectativa de vê-lo desabrochar. Ou mesmo teve a experiência de plantar uma semente da fruta que comeu? Observar cada folhinha que abre e que um dia poderá ser uma árvore!

Em primeiro lugar,  não é necessário um espaço grande. Cultivar plantas em  um jardim ou uma horta, bem como em pequenos vasos, apresenta benefícios que vão além do prazer de ver as plantas crescendo dia a dia!

Viver em grandes cidades está associado a várias consequências para saúde tais quais dietas ricas em gorduras, estilo de vida sedentário, aumento do stress psicologico e poluentes ambientais.

Em contrapartida, a experiência direta do ambiente natural e atividades de jardinagem oferecem impacto positivo para saúde. E estudos recentes mostram que este efeito é duradouro.

A mente….

Estudos recentes mostram que há melhora do bem estar e qualidade de vida, bem como das condições social, emocional e mental.

O contato regular com a natureza do ponto de vista da saúde emocional e mental é preventiava reduzindo o estress, irritablidade ou raiva e sintomas ansiosos e claro melhora do humor; tanto quanto pode contribuir para o cuidado com a depressão e ansiedade.

 

O corpo…

O resultado também é observado em doenças crônicas, por exemplo cardio-circulatórias com menor variação da frequência cardíaca da pressão arterial; assim também como os níveis de gorduras e da glicose no sangue e do cortisol (hormônio do estresse). Da mesma forma maior atividade física, resultado da jardinagem, contribui também para redução o índice de massa corpórea.

 

O cognitivo…

Natureza é restauradora cognitiva. Em outras palavras, auxilia no restabelecimento da fadiga da atenção; contribuindo ainda para outras situações em que se necessita de foco e concentração.

Sob o mesmo ponto de vista, em crianças observa-se melhor desempenho na escola, melhor desenvolvimento motor, fisico, cognitivo em função de manipular ferramentas, cavar o solo além do estímulo sensorial (areia nas mãos, perfume de flores, como exemplo). Ajuda, igualmente, na alfabetização e habilidades de leitura e escrita; aumentando as também as conexões sociais e laços com a família.

 

O Social…

Atividades de jardinagem coletiva ou cultivo de hortas comunitárias permitem a interação social reforça laços sociais tanto quanto  o networking (redes de contato profissional).
O instinto, assim como o entusiasmo pela jardinagem, portanto, parecem surgir de alguma resposta primitiva à natureza, gerando um desejo de produzir crescimento e harmonia em uma parceria criativa com ela. Benefícios que podem ser vistos por longo prazo, conveniência, gratificação instantânea e acessibilidade para habitat e mudança de mindset .

Dessa forma, vale começar com um pequeno canteiro de temperos na cozinha ou vasos com flores. Cuide do jardim de sua casa ou plantas da sua varanda ou sala. Esta é a a oportunidade de desfrutar desta relaxante busca com gratificação espontânea, além que cuidar da sua saúde física e mental!

Referências:

Eng S, Khun T, Jower S, Murro J. Healthy Lifestyle Through Home Gardening: The Art of Sharing. American Journal of Life Style Medicine. 14(4): 347-350 DOI:https://doi.org/10.1177/1559827619842068.

Howarth M, Brettle A, Hardman M, et al. What is the evidence for the impact of gardens and gardening on health and well-being:
a scoping review and evidence-based logic model to guide healthcare strategy decision making on the use of gardening approaches as a social prescription. BMJ Open 2020;10:e036923. doi:10.1136/ bmjopen-2020-036923

Soga M, Gaston KJ, Yamaura Y. Gardening is beneficial for health: A meta-analysis. Prev Med Rep. 2016 Nov 14;5:92-99. doi: 10.1016/j.pmedr.2016.11.007. PMID: 27981022; PMCID: PMC5153451.

Escrito por

Renata Di Francesco

Graduada em Medicina em 1993 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), e especializada em Otorrinolaringologia pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. Doutorado em 2001 e o título de Professora Livre-Docente foi obtido em 2010.
No dia a dia dedica, no consultório privado o cuidado com pacientes e familiares.
Ainda no Hospital das Clínicas da FMUSP, hoje, coordena o Estágio em Otorrinolaringologia Pediátrica.
Outros desafios:
Diretora da Educação Médica Continuada da ABORLCCF (2012-2014)
Presidente da Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica (2015-2016)
Diretora Secretária da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (2015),
Diretora do Departamento de Otorrinolaringologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo-SPSP (2016-2019)
Coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Desenvolvimento e Aprendizagem da SPSP (desde 2019)
Diretora do Departamento de Otorrinolaringologia da Sociedade Brasileira de Pediatria -SBP (desde 2019).