Desenho de pessoa palito segurando um coração vermelho gigante

“Quiseste expor teu coração a nu.

E assim, ouvi-lhe todo o amor alheio.

Ah, pobre amigo, nunca saibas tu

Como é ridículo o amor… alheio!”

                   Mário Quintana

 

Fibrilação atrial: uma arritmia que você pode sentir… ou não!

Você ouve o seu coração? 

Escutamos as batidas do coração quando estamos sob algum estresse, sob emoções fortes ou quando ele acelera, desacelera ou sai do “compasso”. São as chamadas “arritmias”.

Uma das arritmias mais comuns é a fibrilação atrial. Seu risco aumenta com a idade, tornando-se muito frequente a partir dos 65 anos.

A fibrilação atrial ocorre quando existe atividade elétrica desorganizada e anormal nos átrios, que deixam de contrair corretamente. Deste modo, uma quantidade de sangue permanece no seu interior. Este sangue remanescente circula mais devagar e pode formar coágulos. Quando os coágulos saem do coração, eles podem ir para o cérebro, causando o AVC (“derrame”). 

Veja esta animação sobre a fibrilação atrial:

 

A fibrilação atrial pode ser:

  • Paroxística ou intermitente: quando termina espontaneamente ou com intervenção médica em até 7 dias.
  • Persistente: quando dura mais do que 7 dias e geralmente precisa de intervenção médica para o restabelecimento do ritmo normal

Frequentemente, o mesmo paciente pode ter os dois tipos durante sua vida. Afinal, esta arritmia é considerada uma doença progressiva.

Assista ao vídeo do Dr. Drauzio :

 

O que causa a fibrilação atrial?

Qualquer tipo de doença do coração aumenta a chance de desenvolver a fibrilação atrial, mas as causas mais comuns são:

Outros hábitos e doenças também estão associados a um risco aumentado desta arritmia. São eles:

  • Consumo de álcool e de bebidas energéticas ricas em cafeína
  • Hipertireoidismo
  • Drogas estimulantes do coração : teofilinas e cocaína são alguns exemplos 
  • Apneia do sono
  • Doenças pulmonares
  • Obesidade
  • Diabetes mellitus
  • Insuficiência renal

Algumas pessoas não têm uma causa óbvia de fibrilação atrial. Quando esta arritmia ocorre em indivíduos mais jovens, sem doenças associadas, o risco de AVC é muito menor do que naqueles acima dos 65 anos. 

 

O que você pode sentir? 

Tem gente que não sente nada e o diagnóstico é feito em consulta de rotina. Por exemplo, o exame físico ou o eletrocardiograma feitos no consultório. 

Atualmente, os relógios inteligentes têm sensores que detectam esta arritmia. Já fazem parte das armas  que auxiliam o diagnóstico.

Outras pessoas têm sintomas leves, como fadiga, palpitações, fôlego curto principalmente com exercícios, algum desconforto torácico.

Existem, também, aquelas com sintomas mais intensos, como falta de ar, tontura, dor no peito e sensação de desmaio.

 

O que você pode fazer?

  • Sempre procure ajuda do seu médico se apresentar algum sintoma
  • Pratique exercícios regularmente
  • Evite o excesso de álcool e de energéticos
  • Mantenha uma alimentação equilibrada
  • Mantenha o peso adequado
  • Cuide do sono e do estresse

 

Afinal,  ouça o seu coração! 

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Acompanhamento médico regular pode detectar arritmia