“é num piscar de olhos…”
Passa passa passa…
E apenas estes últimos que acabam nos procurando e se descobrem com a conjuntivite. Os outros que acharam que não eram nada, cumpriram seu papel: passaram para os outros.
Os virus são danados. Quanto mais espertos, mais sorrateiros. E não se culpe: provavelmente no período de incubação, ou seja, quando estavam com o vírus e nem tinham sintomas, também cumpriram seu papel de transmissores.
O que sentimos?
O quadro se inicia com olhos vermelhos e/ou inchados , e/ou lacrimejantes, podendo ter ou não prurido. Pode ser precedido por uma virose sistêmica ou apenas uma dor de garganta.
O que fazer?
O tratamento consiste em melhorar o desconforto, já que não existe uma medicação certa para o vírus. Então vai:
- compressas geladas a cada 2 horas
- colírios lubrificantes gelados a cada 2 horas
- É fundamental ter uma boa alimentação e menos situações de stress para que o seu organismo tenha condições de reagir, já que geralmente passa sozinha.
O mais importante:
Algumas medidas devem ser tomadas em caso de contacto com uma pessoa com conjuntivite: lavar as mãos com mais frequência, separar toalhas, travesseiros, não coçar os olhos nem ficar passando as mãos no rosto. Afinal, como já disse, o vírus é esperto e se espalha sem nem nos darmos conta.
O grande problema, além do inconveniente do afastamento social, são as complicações que podem aparecer. Por esse motivo é importante a avaliação do oftalmologista durante e após o processo inflamatório – infeccioso, para que não haja sequelas indesejadas após uma “simples” conjuntivite.
Para saber mais:
Azari AA, Barney NP. Conjunctivitis: a systematic review of diagnosis and treatment. JAMA. 2013 Oct 23;310(16):1721-9. doi: 10.1001/jama.2013.280318. Erratum in: JAMA. 2014 Jan 1;311(1):95. Dosage error in article text. PMID: 24150468; PMCID: PMC4049531.
Relacionado
Escrito por
Cassia Suzuki
Médica oftalmologista, quase filósofa, mãe de 2 filhas e 2 cachorrinhas