partituras antigas rasgadas pacialmente

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Música, saúde e terapia complementar: um pouco de história

Qual a relação entre música e saúde? Música é terapia?

A música sempre esteve relacionada a rituais de cura. O conhecimento de que a música afeta a saúde e o bem estar já existia no tempo de Aristóteles e Platão. Porém, só em meados do século passado foi possível aos profissionais da saúde estabelecer uma relação entre a música e a recuperação dos doentes.

 

Uma das maiores experiências aconteceu no final da segunda guerra mundial, quando foi pedido a vários músicos que tocassem em hospitais. Deste modo, a música serviria como tratamento e para acalmar os feridos. Esta ação teve resultados tão positivos que as autoridades americanas resolveram profissionalizar pessoas com o intuito de recorrer à música como terapia. Foi então criado o primeiro curso de musicoterapia, em 1944, na Universidade Estadual de Michigan.

 

Música simplesmente?

Hans-Joachim Trappe estudou o efeito da música numa unidade de cuidados intensivos. Em 2010, publicou na revista Heart os seus surpreendentes resultados. Os maiores benefícios constatados nos doentes foram conseguidos com música clássica, sobretudo com Bach, Mozart e com os compositores italianos.

Curiosamente, o jazz aumentou a concentração nos doentes.

Hip Hop e o Rap  foram benéficos, não pela melodia, mas pelo ritmo e pelo efeito das letras.

Escute este delicioso concerto de Bach:

Terapia musical hoje:

Dos casos de esquizofrenia, de Alzheimer até a doença de Parkinson, intervenções musicais parecem ajudar a diminuir naturalmente sintomas como ansiedade, depressão e dor, a estimular a criatividade, melhorar a comunicação entre pacientes e seus cuidadores e muito mais.

A terapia musical pode ser benéfica para:

  • redução de ansiedade aguda ocasionada por procedimento médico
  • tratamento complementar comportamental amplo em crianças com espectro autista
  • depressão unipolar em adultos
  • controle da dor em pacientes críticos
  • controle da ansiedade em pacientes em cuidados paliativos

Neste vídeo, veja o momento em que uma bailarina com Alzheimer lembra seus movimentos

 

Escolha a sua música, escolha o seu estilo. Emocione-se, dance! 

 

 

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Ouça, dance!

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. Music, health, and well being: a review; Raymond AR Macdonald Int J Qualitativ Stud Health Well-being 2013, 8: 20635.
  2. Music Intervention Approaches for Alzheimer’s Disease: A Review of the Literature –Melissa Leggieri et al. Front Neurosci. 2019
  3. The effects of music on the cardiovascular system and cardiovascular health
  4. Hans-Joachim Trappe. Heart. 2010 Dec.