Atchim é o conhecido personagem do conto compilado pelos irmãos Grimm por volta de 1920 e celebrado por Walt Disney, pouco mais de 100 anos depois. Ele espirra o tempo todo! Mas o problema não é restrito aos contos de fadas…
Na vida real, a rinite alérgica acomete cerca de 12% da população entre 20 e 44 anos e pode ser ainda mais comum entre adolescentes.
Mas como assim? O que é a rinite alérgica?
Primeiramente, a rinite alérgica é a inflamação da mucosa do nariz em resposta a um alérgeno, ou seja, uma substância inofensiva à maioria das pessoas, mas todavia pode causar alergia em outras. É uma doença genética ou seja pode acometer vários membros em uma família. Pais alérgicos têm 50% de chance de terem filhos alérgicos.
Quais os principais sintomas?
- Nariz entupido
- Espirros
- Coceira no nariz
- Coriza
- Coceira nos olhos
- Tosse
- Irritação na garganta
O que provoca rinite alérgica?
A rinite alérgica tem como principais desencadeantes, chamados de alérgenos, como exemplo ácaros da poeira doméstica, mofo (fungos) e a descamação da pele de cães e gato. Além do pólen, que já foi lembrado acima.
E como é diagnosticada?
O diagnóstico é baseado nos sintomas. E os exames confirmam o caráter alérgico das rinites, assim como identificam os principais desencadeantes. Os exames mais comuns são teste alérgico Cutâneo de hipersensibilidade ou exames de sangue específicos
Mas tem tratamento?
O tratamento deve começar sempre pela higiene ambiental, reduzindo o contato com os fatores desencadeante da rinite:
- Ambiente controlado. Evitar tapetes, cortinas, almofadas, tudo o que pode acumular poeira, onde vivem os ácaros. A aspiração da casa deve ser diária, incluindo-se todos os pequenos espações como o estrado da cama, por exemplo. Os aspiradores de filtro HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance) são mais indicados. Usar capas de colchões e travesseiros, controlar o mofo. Evitar a exposição fumaça de cigarros, produtos químicos.
- Animais de estimação devem ser mantidos distantes, quando contribuírem para os sintomas, evitando-se dormir na mesma cama, ou mesmo ficar no sofá. Recomendam-se banhos frequentes para tentar minimizar os efeitos da descamação da pele.
O tratamento medicamentoso vai depender da intensidade dos sintomas.Pode ser feito com medicamentos por boca, ou com aplicação direto nas narinas. O tratamento pode aliviar os sintomas, tornar as crises mais distantes uma das outras, ou pelo menos mais amenas A imunoterapia, também conhecida como vacinas, é outra opção terapêutica.
A rinite alérgica não tratada pode interferir na qualidade do sono, sendo ainda mais prejudicial em crianças, além estar relacionado a um maior número de infecções das vias aéreas superiores como rinites, otites. O diagnóstico e acompanhamento médico da rinite alérgica é sempre importante!
Existem outros tipos de rinites (por exemplo rinite irritativa, rinite hormonal, rinite eosinofílica não alérgica, etc), seu médico é quem poderá diferenciá-las e orientá-lo do melhor tratamento.