O cigarro eletrônico faz mal ao coração?
A resposta é sim: o cigarro eletrônico pode fazer mal ao coração, aumentando o risco cardiovascular ao longo dos anos. Esse dispositivo vem sendo cada vez mais usado, especialmente por jovens.
O cigarro eletrônico libera nicotina. Não tem as outras substâncias comprovadamente carcinogênicas que do cigarro tradicional, mas nem por isso é inócuo. E ainda há dúvidas se as substâncias liberadas junto com a nicotina em aerosol como propilenoglicol e e outros compostos de carbonila cujos efeitos à saúde ainda não são completamente conhecidos.
A nicotina embora não aumente os riscos de câncer, aumenta os riscos cardiovasculares por:
- Aumentar a frequência cardíaca,
- Aumentar a pressão arterial,
- Causar vasoespasmo (redução do calibre dos vasos sanguíneos com diminuição da circulação),
- Provocar arritmias, aumentar o risco de morte súbita
- Favorecer o processo inflamatório de aterosclerose (placas de gordura).
- Ativação das plaquetas favorecendo formação de coágulos, infarto e AVC.
É uma substância capaz de induzir dependência. Quando inalada, é absorvida pelos avéolos pulmonares e passa ao sangue quase imediatamente, agindo em segundos no cérebro. A quantidade inalada de nicotina de um cigarro eletrônico pode ser 10 vezes mais alta que a de um cigarro comum.
Os efeitos cardiovasculares ao longo da vida de um fumante de cigarro eletrônico ainda não são completamente conhecidos, mas podem ser mais severos do que se imagina.
Para saber mais:
- Nayeri and Middlekauff Cardiovascular Risks of E-Cigarettes Canadian Journal of Cardiology Volume 37 2021
