A Sexualidade na Pós-Menopausa pode trazer desafios e oportunidades para um casal maduro. O relacionamento , sendo de mais longa data, traz no seu âmago um maior conhecimento das partes e também uma grande familiaridade entre o casal. Estando os dois mais ponderados será possível perceberem que o prazer e satisfação, diante das limitações biológicas da idade, demanda que o casal tenha uma boa sintonia, muito respeito mútuo e paciência com as situações do momento de vida de cada um.
Mais que nunca, nesta fase, o casal deve viver o amor físico em harmonia, com respeito e com calma.
É importante que ambos compreendam as limitações do parceiro e que façam juntos algumas adaptações.
O Homem na Andropausa
O parceiro masculino, em torno dos 50 anos, apresenta um declínio hormonal que chamamos de Andropausa. Apesar de muito pouco falada, ela existe e confere também diversos sintomas aos homens, que precisam passar a aprender a identificá-los para poderem procurar ajuda.
É comum que os homens sintam irritabilidade, desânimo e falta de libido também, além da possível disfunção erétil. Em torno de 40% dos homens já apresentaram algum episódio até os 40 anos de idade.
Ele então pode passar a apresentar problemas em deflagrar e manter ereção. Algumas vezes a dificuldade vem associada a problemas clínicos associados que contribuem para a redução da performance masculina como Diabetes, Cardiopatias, Stress, Hipertensão, Arritmias Cardíacas, Depressão, uso de medicamentos e etc…
Os tratamentos para compensar cada condição clínica são primordiais para que o homem recupere suas capacidades funcionais eréteis.
A mulher pós-menopausa
As mulheres tendem a apresentar algumas dificuldades relacionadas a redução dos hormônios femininos e sua atuação na região genital.
Passam a apresentam a mucosa mais fina, menos resistente, mais seca, com menor lubrificação.
O tempo para atingir o orgasmo também tende a ser maior, o que pode gerar estranheza até no parceiro mais empenhado e frustração na própria mulher.
Sempre cansada
Para a mulher, muitas vezes, iniciar um contato sexual pode ser em si o primeiro desafio.
No Climatério e Pós-Menopausa a mulher sente de forma mais acentuada a fadiga ao final de cada dia.
Nesta fase as múltiplas obrigações “pesam” mais sobre seus ombros. Elas simplesmente chegam ao final de cada dia exauridas de suas forças, basicamente a bateria acaba!
Sua necessidade de sono aumenta, enquanto ao mesmo tempo a qualidade do sono que consegue ter se reduz perceptivelmente, com menor tempo de sono REM, aquele sono que de fato cura e descansa.
Vontade zero
Enquanto isso, sua libido tende a cair globalmente pela falta dos hormônios femininos no cérebro também (estradiol e testosterona ) e também, dado que não há mais os picos hormonais relacionados a ovulação que trazem o melhor momento de libido espontânea para mulheres na fase reprodutiva, existe um baixo estímulo autóctone para o a busca desse contato por parte das parceiras.
Daí vem outra queixa dos parceiros : __”Você nunca me procura!”__
Mas é claro! Essa mulher está cansada, atarefada, preocupada com mil coisas, desestimulada romanticamente e sem estímulos hormonais espontâneos… O que poderia se esperar?
Reposição Hormonal ajuda?
No caso das mulheres, as terapias hormonais de substituição podem ter papel importante na melhora desse quadro. Tanto o Estradiol como a Testosterona, quando devolvidos aos níveis pré-menopausa (níveis normais) podem trazer grande melhora desse quadro de atrofia e baixa libido.
Assim também como o uso de hidratantes específicos para a região genital, mesmo que livre de hormônios, já ajudam muito no quadro de ressecamento que pode inclusive transformar o contato íntimo num eveto doloroso para ela.
Também podemos contar com as terapias a a base de Energias como laser, alta freqüência (FRAXX), US-Microfocado e etc para o “rejuvenescimento” genital e melhora da elasticidade e lubrificação.
O relacionamento
A interação afetiva e de convívio do casal também representa papel importante na redução da performance sexual dos casais mais velhos. Conversas não conversadas, distratos do dia a dia, aquelas pequenas mágoas da convivência diária também são impactantes na dificuldade de muitos casai em se entender na cama.
Ouço sempre a mesma conversa: __”Ele discute comigo durante o dia e a noite quer ‘transar’…” __
É importante perceber que o relacionamento se nutre no dia a dia, cuidando e respeitando um ao outro, e para isso não existe pílula mágica que dê jeito.
Pílula mágica
Já as limitações dos parceiros masculinos nessa área podem apresentar soluções mais simples, como um comprimidinho azul e eles também podem recorrer a tratamentos inclusive de reposição hormonal de testosterona, para melhorar inclusive seu humor e sua qualidade de vida, desde que busquem orientação de seu médico de confiança.
Todo este portfólio de opções clínicas ainda podem (e devem) ser associadas a terapias complementares como fisioterapia, terapias de casal e terapias comportamentais .
Namorar novamente pode ter maior efeito afrodisíaco que qualquer outra medida. Pequenas delicadezas. Momentos de estarem juntos como um casal. Desfrutar da companhia um do outro e lembrar de novo os motivos pelos quais se apaixonaram pela primeira vez podem ajudar a lembrar dos sentimentos positivos que os uniram e ajudar ambos a se adequarem a nova fase e às condições desse momento para desfrutar da próxima metade da vida juntos, com Amor, Carinho, Respeito, Felicidade e Prazer !